Drama de Gabriela do BBB com o cabelo é real - e culpa do preconceito
Gabriela contou no BBB 19 o quanto o preconceito com o cabelo crespo já mexeu com ela. Nos últimos tempos, a internet nos deu voz e nos possibilitou quebrar muitos padrões estéticos — como o do "liso perfeito". Evoluímos um pouco, mas há muito o que melhorar. O crespo ainda é minoria na mídia: falta representatividade e esse tipo de cabelo é visto como "ruim" por muita gente.
Qual o é o impacto disso? As mulheres crespas, que são a grande maioria no Brasil, têm sua autoestima abalada. O preconceito em relação a esse tipo de cabelo é muito enraizado na sociedade. Imagina só você crescer sem se identificar com o que aparece na TV e nas propagandas. Ter seu cabelo chamado de palha de aço no colégio por seus colegas. É por isso que há quem use, desde muito cedo, química para alisar o cabelo. Inclusive em casa, como se fosse um creme de tratamento, toda vez que lava o cabelo. É lamentável. E frustrante.
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Muitas pessoas simplesmente não conseguem entender que isso ocorre devido ao racismo — preferem dizer que é "vitimismo". Sinto muito, mas isso não é verdade. Para começar, isso não existe quando se trata da minoria.
Eu não cresci aprendendo que o meu cabelo também podia ser uma opção. O que aprendi era que eu deveria fazer algo para mudá-lo. Gabriela também não se sentia confortável, apesar de nunca ter feito nada para alisar os fios. "Antigamente, eu amarrava blusa na cabeça para sentir meu cabelo liso. Eu fazia trança só para sentir meu cabelo bater [nas costas]", disse durante o reality show. Muitas meninas fazem verdadeiras loucuras para alisar o cabelo: aplicam sabão em pó, ferro de passar roupa e até mesmo ovo com relaxante.
Não precisamos mudar os nossos cabelos. Eles são lindos. Não podemos deixar que um padrão dite o que devemos ser ou fazer. Não somos todas iguais: somos diferentes e não podemos deixar de lutar pelo nosso espaço.
Seja você o seu próprio padrão: se ame, se cuide, se deseje. Seja você sem medo do que as pessoas vão pensar ao seu respeito. O amor tem que ser de dentro para fora: se amando você vai notar que sua percepção em relação a tudo vai mudar.
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